Com festa ecológica, bloco do Rio pede para folião ir de bicicleta
cultura
Publicado em 18/02/2017

Neste ano, o Bloco Brasil decidiu unir folia da carnaval com a preservação do meio ambiente. Na festa que promove neste sábado (18), o bloco incentiva os foliões a deixarem os carros em casa e irem de bicicleta.  

A festa vai ocorrer em um espaço reservado na Praça Almirante Júlio de Noronha, na Praia do Leme, zona sul do Rio de Janeiro, a partir das 14h. E no local, haverá um bicicletário com capacidade para 500 bicicletas.

 

Durante a folia ecológica, os participantes vão receber purpurina ecológica, biodegradável, feita de gelatina e corantes naturais. Serão distribuídos dez quilos. Um dos organizadores e vocalista do bloco, Carlo Zarro, explicou que a purpurina tradicionalmente vendida durante o carnaval é feita de plástico. Esses resíduos acabam poluindo o mar. “São micropartículas e acabam indo tudo para o mar”, disse Zarro.

O bloco não pretende deixar um rastro de sujeira. As latas de bebida consumidas durante a festa serão recolhidas e entregues à associação de moradores do Morro da Babilônia, localizado no bairro. O valor arrecadado com a reciclagem das latas será revertido para os moradores.

O Bloco Brasil tem 18 integrantes fixos e chega a reunir em torno de 20 mil foliões no Leme. O bloco costuma se apresentar em outras partes do país, levando a experiência do carnaval do Rio de Janeiro. “A gente toca, no nosso repertório, música popular brasileira com a roupagem e a força da bateria de escola de samba. A gente faz um carnavalzão.”

Combate ao preconceito

Com o lema Não desfile seu preconceito neste carnaval, a Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro (CAARJ) fará uma campanha contra o preconceito, o racismo e o assédio durante desfile do bloco Data Vênia Doutor. Durante a folia, a organização vai distribuir ventarolas com o lema para os foliões em pelo menos 12 blocos, como Vestiu a Camisinha e Saiu por Aí, Dinossauros da Alegria, Embaixadores da Folia, Imaginô e Imagininho.

“Por exemplo, a mulher, fantasiada ou não, não pode ser obrigada a fazer nada [contra a sua vontade], não pode ter seu cabelo puxado, não pode ter sua integridade física contestada. A campanha quer mostrar que nós nos preocupamos também com esse tema, sendo uma entidade essencialmente de advogados, e temos que nos somar a essa preocupação de ter um carnaval sem violência de qualquer tipo, sem piadas de mau gosto, para que todo mundo possa brincar”, disse o presidente da CAARJ, Marcelo Oliveira. 

Edição: Carolina Pimentel
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