A Procuradoria-Geral da Suíça anunciou nesta quarta-feira (5) que confiscou um total de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,1 bilhões) em ativos ligados às investigações da Operação Lava Jato em 2016.
A quantia representa aumento em relação aos US$ 800 milhões que tinham sido apreendidos ao longo de 2015.
As informações foram divulgadas em um relatório anual feito pelo procurador-geral Michael Lauber, no qual a Procuradoria destacou os esforços para enfrentar não apenas a corrupção global, mas também os crimes financeiros dentro da Suíça e o extremismo islâmico.
As investigações de Lauber em colaboração com a Lava Jato sobre o esquema de corrupção que envolve principalmente a Petrobras, empreiteiras e políticos se concentraram em pessoas acusadas de usar contas bancárias na Suíça para esconder dinheiro de propina.
Até o momento, mais de mil contas na Suíça foram examinadas, incluindo as do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi condenado na semana passada a mais de 15 anos de prisão.
Cunha responde pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas. Ele é acusado de receber propina de US$ 1,5 milhão em um negócio da Petrobras em Benin, na África. Além do recebimento do dinheiro, Cunha também foi condenado por ter ocultado os valores entre 2011 e 2014, enquanto era deputado, segundo o juiz Sergio Moro, da Lava Jato.