Em meio ao som alto que saía das caixas do Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza, Ceará, cerca de 2.000 pessoas, sendo pelo menos uma garota com bigodão pintado, passaram pelo caixão de Belchior até as 17h de segunda-feira (1º).
Seguiam para o Paginário, uma parede onde textos e letras de suas músicas foram afixados. Mas, entre um e outro, muitos paravam para tirar fotos e abraçar José Edson Carvalho, o sósia.
Vendedor de cervejas e refrigerantes na praça em frente ao centro cultural, Carvalho diz que ganhou muitos clientes por causa de sua semelhança. "Só não me peçam para cantar. Não canto nada", disse ele, que elegeu "Apenas um Rapaz Latino-Americano" como sua preferida.
O velório do compositor deve virar a madrugada. O enterro, uma cerimônia reservada para a família, está marcado para as 9h de terça (2), no Cemitério Parque da Paz, em Fortaleza.
O corpo do cantor, morto no domingo (30), em decorrência de um rompimento da aorta, já havia sido velado na manhã desta segunda em Sobral (CE), cidade natal do compositor, a 232 km de Fortaleza. Depois, seguiu para a capital cearense.