O ex-ministro Geddel Vieira Lima voltou a ser preso, nesta sexta-feira (8), em Salvador, três dias após a Polícia Federal (PF) encontrar mais de R$ 51 milhões, atribuídos a ele, em um apartamento. Duas viaturas da PF estiveram no condomínio residencial onde ele cumpria prisão domiciliar, no Bairro da Barra, região nobre da capital baiana.
Além de Geddel, também foi preso, preventivamente, o superintendente da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz. Após a prisão, ele foi exonerado do cargo, conforme informou a prefeitura municipal.
A força-tarefa denominada Greenfield, cumpriu, além das duas prisões, três mandados de busca e apreensão, nas residências de Geddel, da mãe do ex-ministro e de Ferraz. Todos em Salvador, como parte de mais uma fase da Operação Cui Bono (expressão em latim que significa "a quem interessa?"), que investiga desvios de recursos em vice-presidências na Caixa Econômica Federal.
O pedido de prisão de Geddel foi feito pelo delegado da PF, Marlon Cajado, que defendeu a necessidade de medidas para evitar a destruição de elementos de provas importantes. Depois, o juiz federal da 10ª Vara em Brasília, Wallisney Oliveira, acatou o pedido e autorizou o cumprimento dos mandados, para recolher provas de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.