Em seu primeiro pronunciamento como prefeito da capital paulista, Bruno Covas disse hoje (9) que dará continuidade ao plano de governo do antecessor, João Doria, que deixou o cargo sexta-feira (6) para disputar as eleições de outubro. Covas ressaltou que privatizações e concessões continuarão a ser metas da nova administração.
“Aqui na prefeitura tivemos uma mudança de piloto, mas o rumo, a direção, a rota continuam os mesmos. Portanto, perseguiremos tudo aquilo que foi pactuado com a população nas eleições de 2016, e repactuado com seus delegados, com seus representantes, os vereadores de São Paulo, no plano de metas 2017-2020”, disse o novo prefeito.
Além das privatizações, Bruno Covas destacou como prioridades a criação de 85 mil vagas em creches e a elevação da cidade ao topo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre as capitais. Ele informou também que retomará as obras paradas dos centros educacionais unificados (CEUs), reformará 28 centros desportivos e prosseguirá com as obras de unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e básicas de saúde (UBS).
Covas destacou ainda que pretende ampliar a rede de wi-fi (sem fio) na cidade e contratar mais equipes de saúde da família.
Diferentemente de Doria, que se apresentava como um gestor, Covas disse que é um político, mas ressalvou que sua administração irá se afastar de disputas eleitorais.
“Nunca escondi de ninguém que sou um político. Aristóteles já dizia que o homem é um ser político. Acredito que as transformações sociais, que tanto desejamos, devem ser travadas na arena da política”, afirmou. “Todos sabem que eu tenho lado, mas esta administração não será contaminada por questões eleitorais e exigirá a mesma contrapartida dos outros entes da Federação”, acrescentou.
O mandato de Bruno Covas terá 33 meses, mais que o dobro dos 15 meses em que Doria esteve à frente da prefeitura.
Edição: Nádia Franco