A concessionária de estradas italiana Austostrade per l'Italia, responsável pela gestão da ponte que desabou ontem em Gênova, afirmou nesta quarta-feira que o viaduto era submetido a inspeções periódicas, sujeitas à legislação do país.
Austostrade publicou um comunicado para justificar a manutenção correta do viaduto, depois que o ministro de Infraestruturas da Itália, Danilo Toninelli, exigiu que os diretores da companhia renunciassem.
Já o ministro do Interior, Matteo Salvini, disse que o governo deve tomar medidas e que o mínimo a fazer é retirar a concessão.
A Autostrade comunicou ontem, após o acidente, que atualmente estava trabalhando para reforçar o pavimento da ponte e hoje insistiu que os trabalhos cumpriam uma série de requisitos.
"Os trabalhos no viaduto estavam sendo supervisionados pelos serviços técnicos de Gênova de forma trimestral, conforme os requisitos legais, e através de auditorias adicionais realizadas com equipes altamente especializadas", disse a Austostrade em uma nota publicada em seu site.
"Além disso, as equipes técnicas na área avaliaram a manutenção do viaduto e a eficácia dos sistemas de controle adotados, de empresas e instituições líderes no mundo em testes e inspeções no marco das melhores práticas internacionais", acrescentou a a empresa.
A concessionária ressaltou que os resultados dos controles "realizados por sujeitos externos autorizados sempre deram às estruturas técnicas da companhia garantias adequadas sobre o estado da infraestrutura", dados que também foram utilizados "para o desenho do projeto de intervenções de manutenção no viaduto, aprovadas pelo Ministério de Infraestrutura e Transportes".
A Autoestrade indicou que está "proporcionando às instituições competentes todo o apoio necessário para esclarecer as causas do trágico fato e restabelecer o tráfego na estrada o mais rápido possível", e enviou uma mensagem de condolências às famílias das vítimas.