O governo brasileiro repudiou, em nota, o ataque terrorista de ontem (22) em Ahvaz, no sudoeste do Irã. O comunicado do Ministério das Relações Exteriores rechaça a motivação da ação e diz que nada justifica os atos. O atentado provocou 25 mortos até o momento, além de 60 feridos.
“O governo brasileiro condena com veemência o atentado ocorrido”, diz a nota. “Ao expressar suas condolências às famílias das vítimas, seus votos de plena recuperação aos feridos e sua solidariedade com o povo e o governo do Irã, o Brasil reitera seu repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo, independentemente de sua motivação.”
A Agência EFE informou hoje (23) que o presidente do Irã, Hassan Rohani, disse que os os autores do atentado de ontem são ligados a um grupo separatista árabe apoiado pela Arábia Saudita. "Sabemos quem são os autores e instrutores e, sem dúvidas, o Irã não deixará este derramamento de sangue sem resposta", advertiu Rohani em Teerã antes de viajar para Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
O atentado contra um desfile militar na cidade de Ahvaz, no sudoeste do país foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), mas as autoridades iranianas responsabilizaram o movimento separatista árabe Alahvazie.
Sobre a resposta do Irã, o presidente explicou que esta será "dentro da lei e dos interesses do país". Segundo ele, durante a guerra entre Irã e Iraque (1980-1988) esse grupo separatista apoiou o regime iraquiano de Saddam Hussein contra Teerã e cometeu crimes. "Até Saddam morrer, foram seus mercenários, e depois mudaram de senhores e um país do golfo Pérsico assumiu seus assuntos financeiros, de armas e políticos", disse em referência à Arábia Saudita.
Edição: Sabrina Craide