Inflação cai e donas de casa da região já notam economia nas compras
Economia
Publicado em 18/10/2016

Com a queda do preço dos alimentos, a inflação começa a dar trégua ao bolso do brasileiro. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,08% em setembro – a menor taxa para o mês desde 1998. Hortaliças, frutas, leite, feijão-carioca e outros produtos registram queda no preço e os consumidores já estão conseguindo economizar ou a voltar a comprar mais produtos. 

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados na última semana. O resultado de setembro é também menor do que projetava o mercado financeiro e o Banco Central, que esperavam uma taxa ao redor de 0,19%. A GAZETA visitou mercados da região sudoeste da grande São Paulo na manhã desta segunda-feira e as donas de casa já notaram a redução nos valores.

Thiago Neme / Gazeta de S. Paulo

Segundo a Conab, a tendência de queda deve continuar nos próximos meses | Thiago Neme / Gazeta de S. Paulo

Segundo a Conab, a tendência de queda deve continuar nos próximos meses

“Já é possível notar uma redução nos valores. Estava quase impossível fazer uma compra completa no começo deste ano, desde agosto os valores começaram a cair e já é possível ver uma economia”, destacou a artesã de 35 anos, Lilian Nascimento, moradora de Embu das Artes.

Na média, o grupo de alimentos ficou 0,29% mais barato no mês de setembro. O instituto considerou alguns itens como os de impacto mais importante: batata-inglesa (-19,24%), leite longa vida (-7,89%), alho (-7,45%), feijão-carioca (-4,61%), hortaliças (-4,42%), feijão-preto (-3,77%) e ovos (-2,52%).

“O feijão registrou uma pequena queda, mas as verduras estão com preços ótimos, principalmente a cenoura”, diz Eliete Carvalho Costa, de 53 anos, também moradora de Embu das Artes.

O preço da cenoura realmente registrou queda. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que analisa preços de alimentos nas principais centrais de abastecimento do país, a redução no quilo da cenoura foi de 21,53%, com a cotação média a R$ 1,93.

Ainda segundo o boletim da Conab, a tendência de queda deve continuar nos próximos meses, mas de forma menos intensa. A causa da queda de preços foi a redução do clima favorável para a produção, aliada à diminuição do consumo.

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