Após novos ataques na Síria, Aleppo não tem mais hospitais
Mundo
Publicado em 19/11/2016

Os últimos novos ataques e bombardeios sobre Aleppo, cidade situada ao norte da Síria, causaram mais um problema para a população, que sofre com os efeitos da guerra civil que toma o país há anos: o último hospital que funcionava no local foi destruído e se torna mais um fora de uso. A informação foi confirmada no sábado (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS, agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). Com isso, a cidade não tem mais nenhum hospital em funcionamento.

De acordo com a representante na Síria da organização, Elizabeth Hoff, todas as organizações não governamentais (ONGs) que atuam no auxílio ao país e aos feridos "confirmaram que todos os hospitais de Aleppo encontram-se fora de serviço".

Uma destas ONGs, o Médicos Sem Fronteiras, que atende feridos oriundos da guerra civil no país, tanto em hospitais e estruturas já existentes, como também em postos móveis instalados pela organização também declarou que os danos causados pelos bombardeios recentes - que teriam sido realizados tanto por forças do governo ditatorial sírio como da Rússia, comandada por Putin - "são enormes".

"Precisaram interromper as atividades. O hospital pediátrico foi atacado pela segunda vez, três andares ficaram destruídos e agora ele não opera mais", declarou a organização Médicos sem fronteiras em nota oficial. "Com poucos médicos remanescentes no local e os suprimentos que não podem entrar, o sistema sanitário está de joelhos e não sabemos se poderá voltar a funcionar", lamentou a organização.

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Estado Islâmico

Ainda neste sábado (19),  a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), agência da ONU, declarou, em entrevista à agência francesa AFP, acreditar que o grupo extremista Estado Islâmico tenha fabricado uma arma química para utilizar na Síria e no Iraque.

De acordo com o diretor-geral da OPAQ, Ahmet Üzümcü, a arma química se trataria de um gás mostarda, fabricado por conta própria pelo grupo extremista. A organização ainda estuda, desde agosto, mais de 20 acusações de utilização de armas como essa na guerra civil Síria, que tem atingido Aleppo.

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