Violência aumenta mortalidade de homens entre 20 e 24 anos, aponta IBGE
Violência
Publicado em 01/12/2016

O único grupo etário que não seguiu a tendência de diminuição nos níveis de mortalidade no país nos últimos anos é dos homens jovens. A afirmação é do pesquisador Márcio Minamiguchi, integrante da equipe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que divulgou, nesta quinta-feira, a Tábua Completa para a Mortalidade do Brasil em 2015.

A explicação, segundo Márcio, é a maior incidência de mortalidade por causas violentas e não naturais que, por questões “biológicas e comportamentais”, está concentrada nesse grupo.

De acordo com os dados, as chances de um homem morrer entre 20 a 24 anos se tornaram 4,5 vezes maiores que as de uma mulher na mesma idade. Em 1940, a diferença era de apenas 1,2 vez e, segundo o IBGE, o fenômeno é comum em países que passaram por um rápido processo de urbanização e formação de metrópoles, como o Brasil.

 

A mortalidade de jovens acentua a diferença entre a esperança de vida registrada no Brasil e a de países desenvolvidos. O pesquisador explica, no entanto, que dados como a mortalidade infantil mostram que essa diferença se estende ao longo de todas as faixas etárias, mas que há uma tendência de convergência.

 

 

A pesquisa mostra, ainda, que a expectativa de vida de um brasileiro nascido em 2015 é de 75 anos, cinco meses e 26 dias, o que representa um ganho de cerca de três meses em relação a 2014 e de 30 anos na comparação com 1940.

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