RIO - A foto do registro de prisão da advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, foi vazada e circula por WhatsApp nesta quarta-feira, 7. Ela foi transferida da Superintendência da Polícia Federal para o Presídio Joaquim Ferreira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, na terça, 5.
A mulher do ex-governador do Rio foi presa após investigações apontarem sua suposta “posição central” em organização criminosa que seria chefiada pelo marido. No mesmo dia, a ex-primeira dama, o peemedebista e mais 11 pessoas viraram réus da Operação Calicute.
A Calicute é um desdobramento da Lava Jato que apura desvios de pelo menos R$ 224 milhões de contratos de quatro grandes obras, como a reforma do Maracanã.
A prisão preventiva de Adriana foi determinada pelo juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, atendendo a pedido do Ministério Público Federal. A decisão ocorreu 19 dias após Cabral ter sido preso – na ocasião, o magistrado negou o pedido de prisão da advogada por falta de indícios suficientes. Mas, após o aprofundamento das investigações, teria sido revelado que Adriana seria uma das principais responsáveis por ocultar recursos recebidos indevidamente por Cabral. Ela teria utilizado seu escritório de advocacia, Ancelmo Advogados, para isso.
Cela. Adriana está sozinha numa cela da cadeia pública. Ela está em uma galeria para presas com nível superior. A ala tem nove celas e 18 vagas, mas só há sete mulheres no local. A cela de seis metros quadrados tem um beliche de alvenaria, chuveiro, pia e sanitário no chão. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Adriana Ancelmo "passa bem e se alimenta normalmente". No café da manhã, recebeu pão com manteiga e café com leite.
A Seap não informou o cardápio do almoço. Diariamente é servido arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha, legumes e refresco. Adriana tem direito a banhos diários de sol e poderá receber visitas assim que sua família se cadastrar na Seap. O documento leva cerca de 15 dias para ficar pronto. Antes desse prazo, os parentes podem requerer visita extraordinária à presa. Até o momento, ela não recebeu nenhuma.