A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos (EUA) não pôde confirmar o anúncio feito pela Rússia sobre a suposta morte, no fim de maio, do líder do grupo terrorista Estado Islâmico, Abu Bakr Al Baghdadi, por um bombardeio russo perto da cidade Al Raqqa, na Síria.
"Não podemos confirmar essa informação neste momento", disse à Agência EFE o coronel Joe Scrocca, diretor de Assuntos Públicos da coalizão.
A aliança internacional apoia as Forças da Síria Democrática (FSD), grupo liderado por milícias curdas, que desde novembro do ano passado faz uma ofensiva para expulsar o Estado Islâmico da província de Raqqa, reduto dos radicais no país árabe.
Os EUA também enviaram tropas de suas forças especiais para a Síria, com o objetivo de respaldar as operações terrestres da FSD.
O Ministério de Defesa da Rússia disse que Al Baghdadi teria morrido no dia 28 do mês passado, em um ataque da aviação russa nos arredores de Raqqa.
"Segundo informações que recebemos por diversos canais, o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr Al Baghdadi, estava em uma reunião de chefes da organização, atacada pela aviação russa, e foi morto na ação", disse o ministério em comunicado.
Os militares americanos, que lideram a coalizão, foram informados pela Rússia antes da realização do ataque, de acordo com o governo russo.
A Rússia é aliada do governo sírio, cujas forças avançaram na última semana pelo sudoeste da região de Raqqa.
Por sua vez, as Unidades de Proteção do Povo (YPG), a principal milícia curdo-síria, afirmaram que não dispõem de informações sobre a suposta morte de Baghdadi.
"Não tenho informação e não quero fazer nenhum comentário", disse à EFE, por telefone, o porta-voz das YPG, Nuri Mahmoud.