O Furacão Irma, o mais forte registrado na história do Oceano Atlântico deixou ao menos 10 mortos e mais de 20 feridos, até o momento, em sua passagem pelas ilhas de St Matin, Antigua e Barbuda, no Caribe.
Segundo o Centro Nacional de Furacões, o furacão continua na categoria 5 e segue pela costa norte da República Dominicana, para passar pelo Haiti e Cuba, continuando em direção à costa sul da Flórida. Irma também passará pelas ilhas Turcas e Caicos, além das Bahamas, onde os moradores também já estão deixando suas casas. As previsões indicam que o furacão passará sobre a capital Nassau.
O centro diz, porém, que ainda não orecisar se o furacão vai atingir Cuba e Haiti de maneira direta. Mesmo assim, a ordem das autoridades dos dois países é evacuar as áreas de possível contato.
A população cubana já recebeu, pelos meios de comunicação estatais, ordens de evacuação em oito províncias, entre as quais Guantánamo e Santiago de Cuba. Alguns resorts t(locais que reúnem serviços de hospedagem, recreação e divertimento) também estão sendo evacuados, conforme as orientações do governo da ilha.
Na capital, Havana, os moradores foram orientados a ficar atentos às mensagens das autoridades e preparados com comida não perecível e água potável.
As autoridades do Haiti também emitiram alertas à população, mas, segundo a imprensa local, uma preocupação é que nem todos os haitianos podem ter sido informados, devido às precárias condições de comunicação da ilha. Segundo as previsões, o furacão pode atingir a localidade de Cabo Haitiano, no norte do país.
Impacto
As ilhas franco-holandesas de St. Martin tiveram de 60% a 70% das casas destruídas. O ministro do Interior da França, Gerald Collomb, disse que há destruição em massa e que hoje os esforços estão concentrados para que todos tenham acesso à comida e água potável.
Em Antígua e Barbuda, o impacto foi ainda maior. Segundo o governo local, 90% das casas foram destruídas. Foi registrada a morte de bebês, mas ainda não se pode informar com precisão o número de feridos, porque a maior parte da população está sem comunicação telefônica e sem energia elétrica.
Além do Irma, há dois furacões em atividade entre o México e o Caribe: Katia e José, ambos de categoria 1, a mais leve na escala Saffir-Simpson. A preocupação do serviço de meteorologia é que os furacões podem passar por parte da rota do Irma e aumentar os danos que este já deixou.
Alerta
A chegada do furacão na Flórida é esperada de sábado (9) para domingo (10). Várias regiões do sul do estado norte-americano já receberam alerta obrigatório de evacuação.
A imprensa destaca dificuldades da população para comprar água e alimentos enlatados, que já estão em falta em várias regiões. Também há escassez de combustível, porque muitas pessoas deixaram a região para estados vizinhos como a Geórgia e o Alabama.
O abastecimento já não estava normal devido à passagem do Furacão Harvey, que atingiu o Texas na semana passada e afetou boa parte das refinarias de petróleo que abasteceu o sul e o sudeste do país.
Nas redes sociais, algumas pessoas manifestam preocupação com a dificuldade de conseguir comida e água.
De acordo com o Centro Nacional de Furacões, o Irma pode chegar à Flórida com força total – categoria 5, perder força, ou até mesmo mudar sua rota. Mesmo assim, o alerta é máximo, porque, se o furacão chegar ao litoral do estado, o impacto será devastador.
Em entrevista coletiva, o governador Rick Scott disse que a maioria dos moradores da região que está na rota do Irma jamais viu um furacão desta magnitude. Scott tem aconselhado, repetidas vezes, todos os moradores das regiões que receberam ordens de evacuação a deixar suas casas. “Podemos reconstruir casas, mas não podemos devolver vidas”, afirma o governador.
Edição: Nádia Franco