Estados Unidos alertam para risco de ataques terroristas na Europa
Internacional
Publicado em 17/11/2017

Os Estados Unidos emitiram um alerta de viagem no qual avisa a seus cidadãos que vivem na Europa ou a visitam sobre o risco "intensificado" de ataques terroristas no continente durante a temporada de fim de ano.

"Os recentes incidentes na França, Rússia, Suécia, Reino Unido, Espanha e Finlândia mostram que o Estado Islâmico (EI), Al Qaeda e suas filiais têm a capacidade de planejar e executar ataques terroristas na Europa", diz o alerta de viagem, divulgado pelo Departamento de Estado americano.

A advertência não menciona a Espanha, nem faz referência aos atentados jihadistas de 17 de agosto em Barcelona e Cambrils, na Catalunha, que deixaram 16 mortos e mais de 100 feridos.

Além disso, o Departamento de Estado lembrou que, no ano passado, houve "ataques com muitas vítimas em um mercado de natal em Berlim, na Alemanha, e em uma casa noturna em Istambul, na Turquia, na passagem de ano.

"Embora os governos locais continuem com suas operações contra o terrorismo, o Departamento se mantém preocupado com a possibilidade de ataques terroristas no futuro", acrescenta a nota.

"Os cidadãos americanos sempre deveriam estar em alerta diante da possibilidade de que simpatizantes de terroristas ou extremistas auto radicalizados possam realizar ataques sem aviso prévio", afirma o alerta de viagem.

Alerta similar

Em novembro de 2016, o Departamento de Estado emitiu um alerta muito similar, na qual advertia também para o risco "acentuado" de atentados na Europa para as épocas festivas.

Este novo alerta de viagem, que ficará em vigor até 31 de janeiro de 2018, é mais um de uma série de advertências a respeito do risco de viajar à Europa que Washington começou a enviar regularmente a seus cidadãos a partir dos ataques terroristas em Paris, em 2015, e Bruxelas, em 2016.

A última dessas advertências, emitida em 31 de agosto, expressava um nível de alerta um pouco mais contido, ao assegurar que o risco de atentados "continuava" na Europa, em vez de usar, como agora, o adjetivo "intensificado".

"Os extremistas continuam focando em lugares turísticos, centros de transporte, shoppings ou mercados, e edifícios governamentais como alvos viáveis", afirma o novo alerta.

"Além disso, os hotéis, clubes, restaurantes, lugares de oração, parques, atos com grande número de pessoas, instituições de ensino, aeroportos e outros alvos continuam sendo locais prioritários para possíveis ataques", acrescenta. As informações são da agência de notícias EFE.

O Departamento de Estado pede para que os cidadãos americanos fiquem atentos às informações dos consulados locais e lembra que os terroristas podem usar "várias táticas, incluindo armas de fogo, explosivos, o uso de veículos para atacar (multidões) e armas afiadas que são difíceis de serem detectadas antes de um ataque".

Os EUA, por sua vez, continuarão "compartilhando informações" com seus parceiros europeus para ajudar a "desmantelar planos terroristas, identificar e adotar medidas contra possíveis agressores" e "fortalecer as defesas contra possíveis ameaças", afirma o comunicado.

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