O governo russo confirmou hoje (28), em Moscou, a disposição do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apesar das graves tensões causadas pelo envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e a sua filha no Reino Unido, caso em que Moscou está sendo responsabilizado por Londres.
"Putin está disposto, e a parte russa mostra-se disposta a desenvolver relações mutuamente benéficas e de confiança com todos os países, incluindo os Estados Unidos", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, ao responder uma pergunta sobre a disposição do chefe do Estado em se reunir com Trump. As informações são da agência de notícias EFE.
Ao mesmo tempo, Peskov disse que, após a expulsão pelos EUA de 60 diplomatas russos em represália pelo caso Skripal, Moscou não tem "nenhuma informação sobre se a parte americana vai cumprir as palavras do presidente Trump (sobre seu propósito de se encontrar com Putin)".
"Tudo depende de nossos colegas americanos. A parte russa está aberta a isso", acrescentou.
Ao mesmo tempo, o porta-voz do Kremlin reiterou que a Rússia responderá à expulsão de mais de 100 diplomatas de 20 países, que se solidarizaram com o Reino Unido no caso Skripal.
A resposta de Moscou, acrescentou Peskov, ocorrerá no "momento oportuno" e "tudo será feito de tal modo que responda aos interesses da Federação Russa".
"Essa decisão coletiva (expulsão dos diplomatas) foi uma manifestação de solidariedade, neste caso, de solidariedade parcial com Londres em um tema que, desde nosso ponto de vista e segundo o nosso convencimento, não tem nenhum fundamento e nem prova", disse o porta-voz.