Na mesma convenção que homologou a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, o PDT decidiu delegar à Executiva Nacional a escolha do candidato a vice na chapa do partido. Caberá também à cúpula pedetista articular com outras legendas e fechar a coligação que apoiará o presidenciável. Os partidos têm até o dia 15 de agosto para apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a chapa completa, incluindo as legendas aliadas.
Depois de aclamado candidato a presidente, Ciro Gomes fez um discurso de quase 30 minutos, no qual apresentou suas principais proposta. "A primeira e mais urgente tarefa é gerar empregos", afirmou para uma plateia de aproximadamente 800 pessoas que lotavam o auditório da sede nacional do PDT.
Para gerar empregos, Ciro Gomes disse que é preciso investir em ciência, tecnologia e inovação, bem como recuperar a indústria brasileira. Ele enumerou ainda a melhoria da segurança pública, com uma maior participação do governo federal, o aprimoramento da educação e da saúde, além de equilibrar as contas públicas e acabar com privilégios na administração pública. "Mudar o Brasil é preciso e é possível", afirmou.
Mais de uma vez, Ciro citou o ex-governador Leonel Brizola, fundador do PDT, que morreu em 2004, mas ainda é reverenciado no partido. "Recebo esta grave missão do PDT do meu amigo Leonel Brizola, porque quero cuidar do nosso povo. Quero protegê-lo", disse. Ciro Gomes defendeu uma campanha em que o debate de ideias prevaleça sobre o ódio: "O Brasil não vai sair desta situação difícil na base do nós contra eles".
Ainda sem vice e sem alianças, Ciro convidou "todos as forças políticas" a se juntarem ao PDT para "ajudar a mudar o Brasil". O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que agora a missão dos filiados e simpatizantes é multiplicar o trabalho que já vem sendo desenvolvido pelo país e defender a candidatura de Ciro Gomes. "Vamos, a partir de agora, invadir as ruas e as praças do país para fazer Ciro Gomes presidente do Brasil", disse Carlos Eduardo Alves, ex-prefeito de Natal (RN).
Edição: Sabrina Craide