Os consumidores da região terão um Natal mais caro este ano. Isso porque os produtos que compõem a ceia natalina aumentaram, se forem comparados com o mesmo período do ano passado. O preço do tradicional peru natalino subiu mais de 13%, o quilo do bacalhau aumento mais de 60% e o espumante mais de 50%. Uma das explicações para a elevação dos valores está relacionada a alta na inflação e a tributação. (Veja tabela)
A GAZETA visitou três mercados em Embu das Artes e em Taboão da Serra na última quarta e quinta-feira e constatou a alta dos valores em 12 produtos que fazem parte da ceia. Muitos moradores da região destacaram que esse ano a ceia não será tão completa como a dos outros últimos anos.
Gazeta de São Paulo
O preço do tradicional peru natalino subiu mais de 13%, o quilo do bacalhau aumento mais de 60%
“Se formos comprar todos os produtos para uma ceia farta, o bolso não aguentará. Os valores subiram muito, eu estou fazendo várias cotações, mas mesmo assim não está fácil”, destacou a assistente administrativa, Patricia Silva de 35 anos e mora em Embu das Artes.
No ano passado o quilo do peru natalino da marca Sádia estava sendo comercializado por R$ 14,28 no Supermercado Lopes em Embu das Artes, já este ano o mesmo produto está sendo vendido por R$ 16,48.
O quilo das nozes com cascas também subiu. Em 2015 o produto era vendido por R$ 29,90 no Extra de Embu das Artes, já este ano o mesmo mercado comercializa o produto por R$ 59,90 o quilo, um crescimento de mais de 80%.
O valor das frutas também registrou uma alteração. A unidade de um abacaxi que ano passado poderia ser comprado por R$ 3,57 no Extra de Taboão da Serra, este ano é vendido por até R$ 6,99. O aumento é de mais de 75%.
Vendas. Com base no desempenho do varejo no decorrer do ano, a expectativa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em relação às vendas do Natal 2016 no Brasil é de queda entre 4% e 5% em comparação com 2015 – menos intensa do que a verificada no ano passado (-7,2%).
Já para o comércio da capital paulista, a perspectiva é de retração entre 5% e 6%, menor do que a de 2015, que foi a pior desde o início do Plano Real, segundo Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp, em menção ao forte recuo de 14,5% no Natal paulistano do ano passado, frente ao ano anterior.