Anunciou que lutaria há apenas um mês, mas na quinta-feira o Facebook finalmente esclareceu como será e funcionará a ferramenta para detectar notícias falsas. O anúncio foi feito pelo fundador da empresa, Mark Zuckerberg, em seu perfil da rede social: “Quando muita gente nos informar que uma história é um boato, vamos enviá-la para organizações externas especializadas em verificar os fatos para que a estudem. Se estiverem de acordo que a história é falsa, vocês verão uma bandeira ao lado da história indicando que foi colocada sob suspeita”. Além disso, essa publicação terá menos possibilidade de aparecer no News Feed (a página principal) dos usuários.
Com essa medida, que faz parte do plano de sete pontos anunciado no fim de novembro, o Facebook deixa aberta a possibilidade de ler e compartilhar a história. “Queremos que a partir de agora vocês tenham mais informações sobre o que essas organizações especializadas em fact cheking (verificação de fatos) pensam que é rigoroso. Assim, ninguém mais poderá colocar um anúncio em uma história que está sendo contestada nem poderá promovê-la em nossa plataforma”, disse Zuckerberg.
Essa decisão chega depois do papel desempenhado pelas redes sociais nas eleições norte-americanas. Foi uma das campanhas eleitorais em que circularam mais mentiras na história recente, mentiras que encontraram um canal privilegiado nos motores de busca e nas redes sociais. O republicano Donald Trump, que venceu em 8 de novembro, foi o candidato que mais faltou com a verdade, de acordo com estudos de verificação de dados, como o Politifact.
Ninguém mais poderá colocar um anúncio em uma história que está sendo contestada nem poderá promovê-la em nossa plataforma
“Vejo o Facebook como uma empresa de tecnologia, mas reconheço que temos mais responsabilidade do que apenas construir a tecnologia por onde flui a informação. Apesar de não escrevermos as notícias que vocês leem e compartilham, reconhecemos que somos mais do que um simples distribuidor de notícias”, disse o fundador da rede social.