O carnaval de rua da cidade de São Paulo terá 391 desfiles de blocos e dois palcos com atrações culturais no Anhangabaú e no Largo da Batata, de 17 de fevereiro a 5 de março. Este ano, a prefeitura determinou horários para a dispersão dos blocos, de acordo com a região onde se concentram: às 19h30 na Vila Mariana, às 20h em Pinheiros, às 21h na Lapa e até as 22h na Sé.
A região da Sé receberá o maior número de blocos em 2017, com 119 grupos de carnaval de rua, seguida de Pinheiros (89), Lapa (31), Vila Mariana (24) e Santana (17). Alguns blocos se apresentam mais de uma vez.
A prefeitura é responsável pelo cadastramento dos blocos e pela organização da infraestrutura de apoio aos foliões, como a limpeza pública, banheiros químicos, sinalização, fechamento de vias e a programação cultural nos palcos para ajudar a dispersão dos blocos nos bairros. O investimento na festa será de R$ 15 milhões, oriundos de patrocínio, o que permitirá à gestão municipal praticamente zerar os investimentos públicos na festa.
Segundo informações divulgadas hoje (13) pela prefeitura, haverá 14 mil banheiros químicos espalhados pelos locais por onde os blocos passarão e cerca de 1,5 mil funcionários trabalharão na limpeza das ruas. Oito mil ambulantes foram credenciados e receberão kits de venda com colete, credencial e isopor. A vistoria e apoio será feita por 385 da prefeitura e do patrocinador.
Para o atendimento de emergências médicas serão montados 48 postos e disponibilizadas 365 ambulâncias de remoção e 209 ambulâncias com Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A organização do trânsito no entorno do percurso dos blocos será feita por 2,9 mil agentes. Serão espalhados 275 faixas e 36 banners com avisos aos moradores das regiões onde haverá blocos.
Foliões e moradores
O prefeito em exercício, Bruno Covas, disse que o carnaval de rua de 2017 foi elaborado mantendo o conceito do projeto já existente: aberto, democrático e gratuito. “O grande desafio que temos é agradar aos dois grandes públicos: o folião e o morador. Dos interesses e das vontades desses dois grupos é que nasce uma das atribuições da prefeitura, que é resolver os conflitos para que os dois possam sair satisfeitos deste evento.”
Covas disse não esperar problemas com a dispersão dos blocos no horário estabelecido porque, segundo ele, o processo foi negociado e combinado com os organizadores em 150 reuniões. “Teremos os dois palcos que vão começar à noite para receber o público dos blocos. Esse é um carnaval que teve a colaboração de diversas secretarias e temos tudo para crer que será um carnaval mais seguro e tranquilo conciliando os direitos dos foliões e dos moradores.”
Além do horário, a prefeitura de São Paulo também decidiu limitar o número de foliões nos blocos de rua da cidade. A restrição, no entanto, será cumprida com base no “bom senso”, segundo o secretário municipal de Cultura, André Sturm. “O limite de pessoas na Vila Madalena vai ser dado pelas próprias pessoas no local. Não haverá muro, cordão de isolamento, controle, ninguém vai contar número de pessoas. Esperamos que o bom senso mostre as pessoas que não dá mais para entrar e que elas devem ir a outros blocos.”
Edição: Luana Lourenço