Metroviários e ferroviários realizaram assembleias no últimos dias em que aprovaram indicativo de greve. O Sindicato dos Metroviários de São Paulo aprovou indicativo de greve para o dia 1º de agosto. A paralisação dos ferroviários está prevista para a mesma data.
Segundo o sindicato dos metroviários, o protesto da categoria é a privatização e terceirização do metrô e reformas do governo Michel Temer.
O Metrô informou que só irá se posicionar se a greve for confirmada. Sobre os protestos dos metroviários em relação à terceirização e privatização da empresa, o Metrô afirmou que esses movimentos não existem.
Uma nova assembleia no dia 31 de julho deve confirmar a paralisação ou não dos funcionários, que na tarde de ontem se reuniram com a direção do metrô para fazer reivindicações, como o cancelamento dos descontos das horas dos funcionários da linha 5-Lilás, que liberaram as catracas para os usuários durante a madrugada do dia 24 de junho.
Na semana passada, os ferroviários da CPTM decidiram em assembleia que todas as linhas serão paralisadas durante o dia 1º de agosto se a empresa reduzir a tabela salarial atual em 3,51%.
“Os ferroviários não vão ficar passivos diante da ameaça da CPTM”, afirmou o sindicato em publicação.
Uma nova assembleia, também no dia 31 de julho, deve decidir pela paralisação ou não das atividades. A data foi escolhida por ser o dia de pagamento dos funcionários e se houver a diminuição salarial, a greve será mantida.
Em nota, a CPTM afirmou que o TST (Tribunal Superior do Trabalho) decidiu em abril deste ano que o índice de reajuste determinado pelo TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo) no dissídio coletivo de 2011 é indevido – o dissídio é uma ação proposta à Justiça do Trabalho para solucionar questões que não puderam ser resolvidas entre trabalhadores e empregadores (veja o que aconteceu na linha do tempo abaixo).
A empresa reafirmou o cumprimento da decisão judicial de reduzir a tabela salarial em 3,51% a partir do mês de julho. “Ressalta-se que a CPTM é obrigada a cumprir determinação do TST, sob pena de crime de responsabilidade dos seus gestores”, informou a empresa.