O fundador da organização não governamental (ONG) Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, lamentou o sumiço registrado na madrugada de hoje (16) das placas que faziam alusão aos 97 policiais militares assassinados em 2017 e às 36 crianças vítimas de bala perdida no Rio de Janeiro nos últimos dez anos. As placas haviam sido colocadas na Lagoa Rodrigo de Freitas, no ponto conhecido como Curva do Calombo, e desapareceram.
De acordo com a ONG, o único símbolo da Rio de Paz que sobrou no local foi a bicicleta preta que faz referência ao médico Jaime Gold, assassinado a facadas por adolescentes em maio de 2015.
“Lamentamos profundamente o ocorrido porque entendemos que o Rio de Janeiro carece de campanhas educativas que têm como objetivo fazer referência à vida humana. Essas placas faziam alusão aos mais diferentes setores da sociedade e eram para ser lembranças permanentes desses seres humanos que foram vítimas da violência no Rio”, disse Costa.
A ONG fará um ato público amanhã (17) à tarde em repúdio à retirada das placas da Lagoa. Na ocasião, serão colocadas 133 fitas pretas em referência aos 97 policiais militares assassinados em 2017 e às 36 crianças vítimas de bala perdida desde 2007 no estado do Rio de Janeiro.
Edição: Fábio Massalli