A menina Emilly Sofia, morta durante um assalto, foi sepultada na tarde desta quarta-feira (7) no Cemitério Jardim da Saudade, sob aplausos e pedidos por justiça. Os criminosos fizeram vários disparos contra o carro onde ela estava com o padrasto, Uesley Lima, e a mãe, Maria Auxiliadora da Silva, na madrugada de terça-feira (6), no bairro de Ricardo de Albuquerque, zona norte do Rio.
A Polícia Civil informou que o grupo de assaltantes havia explodido um banco, momentos antes, no município vizinho de Nilópolis, na Baixada Fluminense, e provavelmente queria roubar o carro da família, que havia recém-saído de uma lanchonete.
Bastante abalado, o pai de Emilly, Christian da Silva, evitou falar com a imprensa. Disse apenas que o desejo de todos é que seja feita justiça: “Já que nada vai trazer ela de volta, só nos resta pedir justiça”.
Um tio da menina fez o mesmo pedido, criticando o fato da ausência de policiais nas ruas da cidade. “Eu só quero é justiça pela minha sobrinha. A rua está sem policial nenhum. Tem que botar mais policiamento. Ela virou só mais uma estatística no estado do Rio de Janeiro. Era uma criança boa, brincalhona”, lamentou o tio.
Um ônibus lotado trouxe parentes, amigos e vizinhos da família. A menina era muito querida por todos, segundo definiu uma das tias: “A Emilly era uma criança que, onde chegava, não tinha um que não se apaixonava por ela”.
O movimento Rio de Paz fez uma manifestação, aos pés do monumento do Cristo Redentor, estendendo uma faixa em homenagem à Emilly e ao adolescente Jeremias Moraes, de 13 anos, morto também na terça-feira, durante uma troca de tiros entre policiais e traficantes, na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré. Na faixa, foi escrito: "Emilly e Jeremias, perdão. Rio de Janeiro”.
Edição: Davi Oliveira